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Dupla moral contra o Irã

Por Armando Reyes Calderín

Beirute, 14 jan (Prensa Latina) O Ocidente usa uma dupla moral contra o Irã quaisquer que sejam as medidas tomadas pela república islâmica para defender sua soberania, seus interesses ou dignidade.

Campanhas anti-iranianas estão em desenvolvimento pela derrubada de um avião civil ucraniano, cometida por um erro da divisão aeroespacial do Corpo de Guardiães da Revolução Islâmica do Irã (CGRI).

O governo iraniano reconheceu o equívoco com declarações do líder religioso, Ali Khamenei, do presidente Hassan Rouhani e do chefe do CGRI, Hossein Salami.

Este último com arrependimento total expressou que teria desejado morrer junto aos passageiros.

«Nós estávamos e estamos em situação de guerra com os Estados Unidos. Somos os soldados da nação e oferecemos nossas vidas por ela. Deus sabe que teria preferido cair e me queimar junto às vítimas em lugar de presenciar esta tragédia», disse.

No entanto, ainda se esperam frases com conteúdo como esse daqueles que assassinaram 290 pessoas com disparos contra uma nave da Iran Air em 3 de julho de 1988.

O trágico episódio aconteceu no reta final da guerra entre o Irã e o Iraque, cujo então presidente Saddam Hussein desfrutava do apoio da Casa Branca.

No meio do conflito, o governo iraniano controlava a passagem pelo golfo Arábigo-Pérsico dos navios suspeitos de abastecer Bagdá com alimentos, e os estadunidenses patrulhavam o estreito de Ormuz para proteger o comércio petroleiro.

Um Airbus A300 da Iran Air decolou da cidade de Bandar Abbas com 274 passageiros, incluídos 66 crianças e 16 tripulantes.

Quando esse avião comercial foi detectado pelo radar do navio USS Vincennes, segundo o Pentágono tentou justificar, os comandantes do navio o confundiram com uma nave de guerra.

O navio disparou dois mísseis, derrubou o avião e matou as 290 pessoas a bordo, delas 254 eram cidadãos iranianos.

No dia seguinte, o então presidente estadunidense Ronald Reagan, ofereceu seus pêsames às famílias dos viajantes e da tripulação, mas expôs que o avião se dirigia para o USS Vincennes e não tinha respondido as repetidas advertências.

Segundo Reagan, agiram para se proteger de um possível ataque.

Dias depois, perante a Assembléia Geral da ONU, o então vice-presidente estadunidense George H. W. Bush argumentou que tinha sido um incidente de tempos de guerra e que a reação do Vincennes foi apropriada.

Já o Pentágono, em um relatório publicado em 18 de agosto de 1988, indicou que não houve conduta negligente alguma e que o Irã deveria compartilhar responsabilidade com o ocorrido.

Antes disso, em dezembro daquele mesmo ano, a Organização de Aviação Civil Internacional (OACI) revelou que foram vagas e inapropiadas as advertências emitidas à nave iraniana pela Marinha estadunidense.

Um dos pontos descobertos pelos especialistas da OACI foi a falta de equipamento adequado nos barcos norte-americanos para escutar frequências de rádio do tráfico aéreo civil.

Ainda que os Estados Unidos garanta que a queda do voo 655 da Iran Air foi um acidente, Teerã negou a explicação e acusou Washington de agir de forma deliberada e ilegal em águas e céus iranianos.

O governo estadunidense estabeleceu acordo para pagar 61.8 milhões de dólares às famílias das vítimas, mas nunca admitiu responsabilidade alguma nem se desculpou no nível adequado.

Apesar de executar esse crime, os comandantes do USS Vincennes receberam medalhas de honra em 1990.

Passados mais de 30 anos daquele infeliz acontecimento falta, ainda se espera que a Casa Branca tenha um mínimo de decência e, assim como o Irã reconheceu seu erro com o avião ucraniano, faça o mesmo pelo que aconeceu com o voo 655 da Iran Air.

tgj/arc/jp

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